As mudanças no uso e manejo da terra constituem uma ameaça potencial à conservação da biodiversidade e são um fator-chave na regulação da qualidade da matéria orgânica do solo e das emissões de carbono para a atmosfera. Desse modo, objetiva-se com o presente estudo analisar as condições do armazenamento carbono orgânico do solo (COS) para a manutenção da biodiversidade em diferentes usos da terra no Maranhâo. Para tanto, foi realizada uma avaliação do efeito da mudança no uso da terra sobre os estoques de carbono em áreas vegetação nativa e de forma estimados para cultivos de soja e milho (plantio direto) e pastagem no Estado do Maranhão. Os dados segundários obtidos por meio de uma revisão sistemática da literatura para selecionar os estudos relacionados a matéria orgânica do solo. A substituição da vegetação nativa para sistema de pastagem degradada (32,94 Mg C ha-1) e em SPD (30,78 Mg C ha-1) houve redução dos estoques de COS em comparação a vegetação nativa (33,11 Mg C ha-1), pastagem natural (35,04 Mg C ha-1), portanto esses sistemas atuam como uma fonte de emissão de CO2 para a atmosfera. Em contrapartida, os resultados dos estoques para pastagem melhoradas (38,90 Mg C ha-1) mostram ganhos de COS. Assim, os diferentes uso e manejo da terra podem influenciar o ciclo global do C e a conservação da biodiversidade. Portanto, através da análise do impacto das mudanças no uso da terra sobre a matéria orgânica do solo permite estudos para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário.