As mudanças no uso e cobertura da terra afetam a oferta de serviços ecossistêmicos e a gestão desses serviços é essencial para garantir a segurança hídrica, energética e alimentar no futuro. Na bacia hidrográfica do Córrego Bebedouro, no Bioma Cerrado, a expansão da silvicultura de eucalipto, que substituiu a pecuária extensiva, transformou a economia local e elevou Mato Grosso do Sul à liderança mundial na produção de celulose. Este estudo teve como objetivo modelar e avaliar os serviços ecossistêmicos de estoque e sequestro de carbono na bacia para os anos de 2033 e 2051, utilizando o cenário de Continuidade de Mudanças Atuais (CMA). A metodologia empregou a plataforma Google Earth Engine e o software ArcGIS para mapeamento, além do PlusModel e Invest para modelagem e valoração dos cenários futuros. Os resultados indicaram que, entre 1984 e 2009, houve uma redução no estoque de carbono devido à conversão de vegetação nativa em pastagens e silvicultura, resultando em perda monetária. No entanto, a partir de 2021, houve um aumento no valor presente líquido do carbono, com projeções de crescimento contínuo até 2051, impulsionado pela expansão da silvicultura. Ressalta-se que a monocultura de eucalipto não substitui a biodiversidade perdida e é essencial considerar o reflorestamento com vegetação nativa para restaurar a resiliência ecológica. Portanto, faz se importante as estratégias sustentáveis para garantir a conservação dos serviços ecossistêmicos e cumprir os compromissos ambientais firmados pelo Estado na Política Estadual de Mudanças Climáticas e do Plano MS Carbono Neutro.