As alterações promovidas pela crescente demanda da fixação de moradias sobre o relevo ao redor do globo têm gerado modificações nos compartimentos geomorfológicos, atribuindo ao ser humano a condição de agente geomorfológico, uma vez que este, passa a exercer influência direta sobre a morfodinâmica do ambiente em que está inserido. Considerando esse pressuposto, o presente trabalho objetivou analisar a expansão urbana sobre o relevo e as alterações do uso e a cobertura da terra na sub-bacia hidrográfica do Riacho do Angelim, São Luís/MA. Para alcançar o objetivo proposto realizou-se como etapas metodológicas: levantamento bibliográfico e cartográfico, organização do ambiente de trabalho, trabalhos de campo e mapeamento temático. Identificou-se que em 44 anos, mais de 50% da área tornou-se urbana; 38% da vegetação arbórea foi suprimida e matas ciliares também foram removidas em virtude da ocupação das planícies fluviais. Conclui-se que a expansão urbana sobre o relevo tem gerado inúmeros problemas ambientais para os residentes locais como enchentes, inundações e alagamentos; e que a mesma exclui a população de menor poder aquisitivo dos compartimentos geomorfológicos supervalorizados.