Devido à sua localização na região leste do Nordeste do Brasil, Maceió, Alagoas, está vulnerável as consequências dos Eventos Extremos de Precipitação (EEP), porção onde os EEP são mais frequentes e intensos. Assim, os objetivos foram: quantificar os extremos de precipitação diária em Maceió; determinar o período de retorno para chuvas máximas em Maceió; verificar se há tendência significativa na frequência e intensidade de EEP. Para isso foram utilizados dados mensais de precipitação em Maceió, de 1980 a 2020, do INMET. Durante a quadra chuvosa, em ordem decrescente, os extremos de precipitação foram mais frequentes nos meses de maio, julho, junho e abril, com 73, 66, 62 e 54 dias de eventos extremos (igual ou acima do P95), respectivamente. Ao utilizar o teste não paramétrico de Mann-Kendall para verificar a tendência, para o máximo diário ocorrido de forma mensal e anual, observou-se que não houve significância estatística no aumento ou diminuição dos valores de precipitação. No TR de até 2 anos, é aguardado que ocorra pelo menos um evento no valor de 90,5 mm/dia, enquanto para o TR de 5 anos, o valor máximo diário de 135,4 mm. Quando se analisa um TR decenal o valor máximo diário de precipitação esperado é de até 169,4 mm. Em junho espera-se que a cada 5 anos ocorra um evento de precipitação em 24h de quase 100,0 mm (98,6 mm/dia). A cada 10 anos, são esperados valores que superam os 100,0 mm/dia pelo menos uma vez em cada mês da estação chuvosa.