A presente pesquisa objetiva analisar multitemporalmente a paisagem da RDS Ponta de Tubarão e entender o fluxo de carbono atmosférico das suas unidades. Os procedimentos metodológicos seguiram a partir de duas etapas: 1) utilização dos dados disponibilizados no catálogo de Uso e Cobertura da Terra do MapBiomas Brasil, referentes as décadas de 1985, 1990, 1995, 2000, 2005, 2010, 2015 e 2022; e 2) aplicação de índices espectrais para aferir o potencial de fluxo de carbono atmosférico da paisagem estudada. Os resultados mostraram a ocorrência de 15 classes ao longo dos últimos 37 anos, destacando a classe “Rio, Lagoa e Oceano” com maior ocupação e pouca variação na sua cobertura durante esse período. Por outro lado, apesar de se tratar de uma reserva de desenvolvimento sustentável, notou-se que as áreas de pastagens aumentaram 7,53%, enquanto a formação savânica teve uma redução de 1,59%. A aplicação dos índices revelou que as áreas com vegetação conservada apresentaram os maiores fluxos de carbono, devido à sua maior capacidade fotossintética. Assim, acredita-se que existe uma necessidade permanente pela manutenção dessa unidade de conservação, uma vez que os dados ainda demonstraram percentuais de conversão da paisagem natural.