Os terrenos de marinha compreendem uma faixa do litoral brasileiro que se estende 33m horizontalmente a partir da linha média de Preamar de 1831, sendo estas áreas gerenciadas pela União. Ao longo dos anos, esses terrenos foram sendo ocupados pelas infraestruturas imobiliárias e urbanísticas, além do seu uso social. O projeto de emenda constituição 03/2022 buscar a transferência do domínio desses terrenos para a iniciativa privada já existente nessas faixas. O objetivo desta pesquisa foi identificar a partir de uma análise integral, os principais efeitos do uso e ocupação dos terrenos de marinha em Fortaleza nas praias de Iracema e beira-mar, partindo da discussão da PAC 03/2022 e como ela poderá influenciar essa região. Levantamento metodológico foi constituído através de levantamentos bibliográficos, atividades de campo com aplicação do software SISPRAIA e coleta de imagens de satélite. A partir dos dados obtidos, foi possível concluir que os terrenos de marinha presentes na praia de Iracema e beira-mar estão intensamente urbanizados pelo comércio local e o setor imobiliário. Fazendo dessa região uma área de intensos processos ambientais, sendo impulsionado pela PAC que não incluir o uso social na discussão dos terrenos marinha.