O EVI (Enhanced Vegetation Index) tem sido muito utilizado na detecção das variações da cobertura vegetal como também o MLME (Modelo Linear de Mistura Espectral), que apresenta baixas variações e interferências das condições atmosféricas e luminosidade. Objetivou-se analisar o comportamento da cobertura vegetal por meio da comparação das imagens-fração do MLME e do EVI, no Polo de Desertificação de Jeremoabo, localizado no estado da Bahia, a partir da discriminação da cobertura vegetal natural e antrópica e análises das imagens-fração de vegetação, solo exposto e sombra/água. A metodologia da pesquisa consistiu na organização da base de dados, referente a série temporal do sensor MODIS (produto MOD13Q1) para o período temporal de 2001 a 2017 e suavização dos dados utilizando o filtro Savitzky-Golay disponível no software Timesat 3.1.1, e geração das assinaturas espectro-temporais, dados de campo e processamento do MLME no software ENVI 5.3. Para a geração do MLME foi realizada a aquisição de duas cenas da órbita 216/ponto 067 do sensor OLI presente no satélite Landsat-8 e realização da composição colorida RGB de falsa cor com as bandas SWIR-1, NIR e RED, compreendendo o período chuvoso (julho) e seco (novembro) do ano de 2016, sendo realizada a conversão dos valores de números digitais (ND) para valores de reflectância (TOA) e geração das imagens-fração de vegetação, solo exposto e sombra/água. Os resultados apresentados evidenciaram que os efeitos da sazonalidade climática na área de estudo caracterizam o desenvolvimento fenológico das fitofisionomias, ocasionando interferências nas assinaturas espectro-temporais, sendo evidenciados também no MLME.