A Formação Barreiras, localizada em Sergipe é estudada desde Branner (1902), e continua a gerar debates quanto à sua definição estratigráfica, para os enquadramentos na condição de Grupo ou Formação, conforme discussão de Bigarella e Andrade (1961). Associada aos Tabuleiros Costeiros, que se estendem ao longo do litoral e podem ter fragmentos no interior, a Formação Barreiras foi mapeada em três estudos de caso que abordam sua possível associação com os sedimentos e tabuleiros, ou que corroboram para mais dúvidas e necessidade de esclarecimentos. No Cafuz, observou-se a presença de sedimentos que originam Argissolos e Latossolos, com variações de cor vermelho-amarelo, e influências da dinâmica atmosférica da borda leste do Domo de Itabaiana e da sedimentação fluvial do Rio Cotinguiba. No Platô de Neópolis, foram encontrados Argissolos com variações semelhantes, além de sedimentos consistentes com a Formação Barreiras, como Arenitos, Argilitos, Siltitos e Conglomerados, com influência da sedimentação fluvial do Rio São Francisco. No entanto, a Serra da Miaba apresenta novas dúvidas, pois o processo de morfodinâmica da Formação Barreiras é predominantemente de orientação Oeste para Leste coincidindo nos Tabuleiros Costeiros associados. Além disso, a Serra da Miaba possui um substrato geológico diferente, atribuído a rochas do embasamento cristalino. Esses achados destacam a necessidade de novos estudos e atualizações nos mapeamentos geológicos e geomorfológicos de Sergipe.