O texto aborda a desertificação, um avançado processo de degradação ambiental que afeta terras em climas secos, incluindo o semiárido, árido e subúmido seco. A desertificação impacta os solos, recursos hídricos, vegetação, biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades locais. Globalmente, mais de um bilhão de pessoas são diretamente afetadas por esse fenômeno, com perdas anuais de milhões de hectares de terras produtivas. No Brasil, o problema é grave, com 80% do estado da Paraíba suscetível à desertificação, incluindo o município de Esperança. O estudo realizado analisa a evolução da degradação ambiental em Esperança entre 2009 e 2022, utilizando dados de uso e cobertura da terra, mapeamento e análise geoespacial. A metodologia combinou métodos quantitativos e qualitativos para entender as dinâmicas de desertificação e a pressão humana exercida sobre o meio ambiente. Os resultados indicam um significativo aumento da área urbanizada e uma drástica redução dos corpos d'água e da vegetação nativa, a caatinga, evidenciando a degradação acelerada do município. O estudo conclui que, além de ações emergenciais, como uso de carros-pipas para a distribuição de água para as comunidades, são necessárias mas não suficientes, precisando assim promover uma gestão integrada dos recursos naturais e um planejamento urbano adequado