Ao longo das últimas décadas tem-se uma expansão da instalação de parques eólicos em ambientes serranos semiáridos. Essa expansão também tem afetado o núcleo de desertificação do Seridó. A região possui muitas serras que são verdadeiros refúgios da fauna e flora. O mapeamento geomorfológico tem sido uma ferramenta crucial com significativa importância para a regulação do uso e ocupação do solo. O objetivo desse trabalho foi realizar uma caracterização geomorfológica da Serra da Formiga, na região semiárida do Seridó Potiguar. Realizou-se atividades de campo, utilizou-se GPS portátil, câmera digital e drone. Em gabinete, foram confeccionados mapas temáticos em ambiente SIG com a utilização do software QGIS. Na área de estudo foram identificadas seis unidades de relevo: i) planícies e terraços fluviais; ii) inselbergs; iii) serras; iv) Superfície Sertaneja I; v) Superfície Sertaneja II; e vi) escarpas. A partir deste trabalho pode-se concluir que a área apresenta relevos íngremes, com muitas escarpas, o que dificulta o uso e ocupação do solo. Em contrapartida, as condições do relevo favoreceram a preservação da caatinga. A instalação de parques eólicos na área pode impulsionar a ocorrência generalizada de processos erosivos e maximizar o assoreamento de açudes e canais fluviais à jusante. Considerando as condições do relevo na área de estudo, a criação de uma unidade de conservação poderia ser uma estratégia interessante voltada ao desenvolvimento sustentável.