A região semiárida do Seridó potiguar passou por momentos históricos de desenvolvimento econômico associado com as atividades da pecuária e produção algodoeira. No entanto, os impactos ambientais foram sentidos e a região é um dos cinco núcleos de desertificação do país. Com o avanço das geotecnologias a degradação ambiental pode ser analisada com a aplicação de diversos índices, porém, a sazonalidade da Caatinga exige cuidados quanto a interpretação dos dados. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise comparativa do índice de vegetação SAVI entre 2021 e 2022 em uma área no Seridó potiguar, semiárido brasileiro, considerando distintas unidades de relevo. A maior parte da área de estudo está associada à Comunidade da Caatinga Grande, localizada em São José do Seridó-RN, o recorte espacial ainda abrange parte dos municípios de Acarí-RN e Cruzeta-RN. Foram elaborados mapas temáticos referentes ao SAVI (Índice de Vegetação Ajustado ao Solo), hipsometria, declividade e geomorfologia. Utilizou-se imagens do satélite CBERS e imagens de radar do Alos Palsar. A partir da aplicação do SAVI, foi possível identificar uma grande diferença na cobertura vegetal entre o período mais úmido e mais seco analisado, o que retrata a dinâmica natural da Caatinga, perdendo grande parte da sua folhagem no período seco, como estratégia adaptativa para convier com a deficiência hídrica. Os resultados demonstraram que mesmo no período mais chuvoso, tem-se setores, como o norte da área de estudo, com pouca cobertura vegetal, indicando cenário avançado de degradação ambiental.