Este painel analisa a prática didática e pedagógica da docência na Educação Superior e apresenta três experiências com a formação acadêmica dos Cursos de Licenciatura de uma Universidade Pública do Estado do Rio de Janeiro. Compreendemos a relevância da articulação entre Universidade-Escola para a mobilização dos Direitos, Políticas e Desigualdades. As perspectivas didáticas traduzidas nos artigos versam sobre ateliês formativos, roteiros de estudos, cartografia e pesquisa inventiva. Do ponto de vista teórico-metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho participativo, fundamentado em procedimentos tais como, revisão de literatura, análise documental e de políticas públicas implementadas no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Desse modo, reafirmando nossos diálogos com a formação inicial e continuada de professores, partimos dos seguintes questionamentos: Em que medida o ateliê didático praticado-vivido pelos graduandos com jovens e adultos modifica a percepção e alcance da formação docente? Como mobilizar estudantes de graduação no compromisso com as leituras pautadas como essenciais na formação de professores? Quais as possibilidades didáticas no deslocamento e movimento não só de corpos, mas também de espaços? Os dados confrontados das três pesquisas nos indicam a necessidade de refletir e (re)pensar as propostas didáticas a partir da experiência com a graduação que rompam com práticas tradicionais da atuação educacional, as quais desqualificam os sujeitos populares. Nesse sentido, a formação inicial de professores é um processo criador e historicamente situado, colaborando no processo de lutas sociais e dos processos formativos como lócus de resistências à educação voltada aos paradigmas do capital.