O presente trabalho visa discutir os sentidos de escola, currículo e conhecimento que circulam na Conferência Nacional de Alternativas para uma Outra Educação (CONANE), evento que ocorre há dez anos e reúne uma gama variada de sujeitos que buscam (re)pensar o paradigma escolar moderno hegemônico. A partir de um contexto que procura desnaturalizar a estrutura escolar sem colocar em questão a importância desta instituição, esse texto se propõe a compreender o que seria essa educação outra pensada pelos sujeitos que circulam nessa conferência. Como referencial teórico, trabalho com a noção de relação com o saber; forma escolar, mutação, reinvenção e metamorfose da escola e currículo como espaço biográfico. A metodologia consiste em observação de campo, entrevistas e análise de suas publicações nas redes sociais. Como resultados parciais, percebo uma ideia de escola como lócus de mobilização da comunidade, onde se viva a democracia e não para a democracia; de currículo emergente, partindo do território, das demandas dos sujeitos que o habitam; e uma ideia de conhecimento relacionada aos saberes locais e às questões vivenciadas no mundo, apostando na relação estabelecida entre os indivíduos e o saber, afastando-se de um saber instrumental para tirar notas boas ou passar de ano.