A cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná (Brasil) é reconhecida nacional e internacionalmente pelo planejamento urbano e pela qualidade de vida. O presente artigo tem por objetivo analisar alguns aspectos de espaços livres da cidade de Curitiba/PR e descrever as relações entre estes e suas formas de apropriação. Para tanto foi realizada uma observação social sistemática, complementando visitas de campo e entrevistas semiestruturadas a usuários dos espaços públicos (parques urbanos) da cidade. Foram analisados os seguintes parques urbanos: Jardim Botânico de Curitiba, Parque Barigui, Parque Tanguá, Parque Tingui e Passeio Público e aplicada análise de conteúdo ao corpus de pesquisa (transcrição das entrevistas - 31 entrevistas). Apesar dos problemas apontados nas observações do campo, especialmente relacionados à manutenção e percepções de seus usuários, diferenças essas relacionadas à localização do parque no tecido urbano e suas representações, de forma geral, estes espaços qualificam o território e são utilizados pela população. O estudo buscou compreender o que estes espaços representavam para a população, e não uma avaliação stricto sensu de suas qualidades, estas foram analisadas como meio para uma apropriação e melhor entendimento das narrativas obtidas nas entrevistas.