Considera-se o Parque Augusta, situado na região central paulistana, fruto concreto de uma luta de mais de 20 anos, conduzida pelos próprios movimentos de moradores e protetores da cidade, associados aos movimentos ambientalistas, que seguem, opondo-se à intensa febre construtiva das incorporadoras na cidade de São Paulo. O processo de implantação deste espaço singular ocorreu, a partir de 2019, já contando com a evolução de um arcabouço legal construído ao longo de décadas para a vitória dos objetivos comuns. Este texto pretende focar nessa experiência, considerada inovadora pelo processo de participação, de construção do projeto, da obra e medidas para a gestão do espaço público. Esta narrativa tem por base alguns documentos técnicos produzidos por escritórios técnicos e por setores da prefeitura, mais os depoimentos e imagens produzidas pelos participantes do grupo técnico do Ministério Público do Estado de São Paulo, em ação de fiscalização, como representação de entidades que lutaram pela existência deste parque, nosso caso em tela. PALAVRAS-CHAVES: Direito à paisagem – participação da população – Parque Augusta