O presente artigo se propõe a discutir a Reforma do Ensino Médio no âmbito dos Institutos Federais inserido no contexto de avanço do processo de flexibilização e precarização do trabalho e do emprego em nosso país. Pretende-se também discutir as vinculações entre o Novo Ensino Médio e o contexto de reformas políticas neoconservadores implantadas no Brasil nos governos que sucederam o golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff e na ascensão do governo Temer. Isto posto, utiliza-se a pesquisa bibliográfica com base em autores das áreas de economia, sociologia do trabalho, e educação-trabalho que debatem questões relativas ao mundo do trabalho e suas relações com as reformas e diretrizes que norteiam as políticas públicas de Educação em nosso país, definindo-se para tanto, como método de abordagem o referencial teórico do Materialismo Histórico-Dialético, a partir de algumas categorias de análise tais como, contradição, relação capital-trabalho, precarização do trabalho e relação escola-trabalho e formação profissional dos trabalhadores. Como resultado pretende-se evidenciar os interesses econômicos, políticos, ideológicos que influenciam a elaboração e implementação da Reforma do Novo Ensino Médio, especialmente no âmbito dos Institutos Federais, bem como, evidenciar o processo de desconstrução e supressão do modelo de Ensino Médio Integrado vigente na Rede Federal de Educação Técnica, sendo que tal lógica está vinculada ao contexto de avanço do processo de flexibilização/precarização do trabalho e também da agenda política de reformas neoconservadoras implementadas a partir de 2016 em nosso país.