Entre os desafios enfrentados para envelhecer com qualidade de vida destacam-se os diferentes tipos de violência contra a pessoa idosa. No Brasil, esta temática é considerada uma problemática de saúde pública. Assim, as ações no combate à violência contra a pessoa idosa são importantes, sendo os profissionais de saúde, necessários para a realização e efetividade de tais ações. O objetivo da pesquisa foi analisar, na perspectiva de tais profissionais, que atuam em uma Instituição de Longa Permanência, as potencialidades e fragilidades das ações adotadas na abordagem da violência contra a pessoa idosa. O estudo é de natureza qualitativa, realizado com oito profissionais entre os meses de setembro de 2022 e março de 2023. Como instrumento para a coleta de dados foi utilizado um grupo focal e um questionário socioeconômico. O grupo foi gravado e teve duração de aproximadamente uma hora. Os dados foram transcritos na íntegra e analisados através da Técnica de Análise Temática de Conteúdo proposta por Minayo. Os achados apontam que a educação permanente sobre a violência contra a pessoa idosa e os cuidados frente às necessidades inerentes ao envelhecimento pode funcionar como uma estratégia de prevenção à violência. A notificação e denúncia, não foram mencionadas, porém a inexistência de um protocolo nos serviços que oriente a realização pode dificultar o entendimento e o cumprimento de ambas, caracterizando uma fragilidade no cuidado e na abordagem de situações de violência. Ademais, a maneira como o profissional enxerga o envelhecimento e a institucionalização podem constituir aspectos de fragilidade ou potencialidade. conclui-se que a educação permanente sobre o processo de envelhecimento humano, as práticas qualificadas de cuidado, a desmistificação da notificação e da denúncia, a potencialização dos espaços de institucionalização como locais de cuidado de qualidade e segurança, podem ser alguns caminhos de combate à violência contra a pessoa idosa.