O objetivo foi analisar a espiritualidade/religiosidade de pessoas em isolamento social durante o período da COVID-19, conhecendo as características sociodemográficas. Trata-se de recorte transversal com abordagem quantitativa para análise dos dados. Esta pesquisa segue normas da resolução 466/2012 e 512/2016, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (identificador nº 45322121.9.0000.5188 na plataforma Brasil). O instrumento foi elaborado a partir do formulário google, contendo itens de interesse: sexo, faixa etária, escolaridade, religião e a Escala de Espiritualidade tipo likert. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva. A amostra foi composta por 87 voluntários, sendo 78,16% do sexo feminino (n=68), 89,66 % com escolaridade de nível superior (n=78). Encontrou-se 6,9% dos voluntários com faixa etária entre 18 a 29 anos (n=6), 18,39% entre 30 a 39 anos (n=16), 21,84% entre 40 a 49 anos (n=19). 22,99 entre 50 a 59 anos (n=20), 26,44% entre 60 a 69 anos (n=23), 3,45% entre 70 a 79 anos (n=3). Quanto a religião professada encontrou-se 56,32 % católica (n=49), 12,64% cristã (n=11), 13,79% evangélica (n=12), 8,05 espírita (n=7), 5,75% nenhuma (n=5), e, com 1,15%, n=1, o budismo, ateísmo e mórmons. Na escala de espiritualidade, 63,22% (n=55) concordaram plenamente que as crenças espirituais/religiosas promovem sentido à vida; 63,22% (n=55) concordaram plenamente que a fé e as crenças dão forças para enfrentar os momentos difíceis como o vivenciado pelo isolamento social; 54,02% (n=47) concordaram plenamente que veem o futuro com esperança; 28,74% (n=23) concordaram plenamente que a vida mudou para melhor; e, 51,72% (n=45) concordaram plenamente que aprenderam a dar valor a pequenas coisas da vida. A espiritualidade/religiosidade foi o caminho encontrado pelos participantes para enfrentar o isolamento social ocorrido durante a pandemia por COVID-19, cercando-se de crenças, fé e esperança para os desafios vindouros.