O isolamento como estratégia da saúde pública para diminuir os efeitos da pandemia de Covid-19 resultou em diversos danos educacionais que perduram até os dias atuais, onde, mesmo com o retorno das atividades presenciais, pode-se notar a lacuna existente na aprendizagem dos alunos que, por questões econômicas e sociais, não puderam dar continuidade ao seu processo de ensino durante o período. Destarte, o presente trabalho, elaborado no âmbito do Programa Residência Pedagógica no Subprojeto EduPen - Educar (para) o Pensar, São Luís-UFMA, tem por objetivo relatar as experiências vivenciadas no primeiro módulo do Programa, de modo a evidenciar os impasses de uma educação que ainda vive de maneira pungente as consequências de uma pandemia que interrompeu abruptamente o contato dos alunos com a escola. O estudo é de natureza qualitativa, tendo como método de recolha de dados a observação participativa em uma escola pública de São Luís-MA, ancorada em referenciais bibliográficos que ressignificam a análise do vivenciado na escola-campo. Os resultados iniciais nos permitem informar que, por consequência do período pandêmico: a) os diferentes níveis de aprendizagem entre os alunos se tornaram ainda mais evidentes; b) as dificuldades no controle das emoções e interação entre os pares foram acentuadas; c) problemas relacionados a déficit de atenção se tornaram ainda mais frequentes. As experiências aqui relatadas propiciaram contribuições não só a escola, mas principalmente às residentes ao articularem os conhecimentos teóricos adquiridos durante o Curso, com a realidade prática experienciada na escola, enriquecendo assim, então, a trajetória do tornar-se educador.