O presente trabalho é uma reflexão sobre como os licenciandos construíram seus saberes do campo conceitual de probabilidade e os transformaram em atividades de ensino, no ambiente PIBID. Discute-se ainda, a importância do livro didático nesses processos. Elementos da Teoria dos Campos Conceituais foram adotados como referência para analisar a formação de conceitos matemáticos. Para efeito de análise, o processo foi dividido em quatro fases: A Fase 1, foi caracterizada pelo estudo e aprendizagem dos conceitos matemáticos com base no livro didático. A apropriação gradual dos conceitos alternava entre a memorização de definições, aplicação de fórmulas em exemplos, até a reflexão sobre o sentido de expressões, tais como: casos favoráveis/casos possíveis e chances de ocorrência. Experimentos com dados, balões e sorteios contribuíram com um sentido mais concreto ao conceito de probabilidade. A Fase 2, de planejamento pedagógico, teve forte influência dos livros. Nessa abordagem, ocorreram discussões sobre fenômenos aleatórios e exercícios de representação da probabilidade como fração e porcentagem. A Fase 3 foi caracterizada pela transformação de uma atividade do livro em um experimento de sorteio, o qual viabilizou uma aprendizagem mais concreta dos conceitos de espaço amostral, eventos dependentes e independentes. A extrapolação das limitações do livro didático ocorreu na Fase 4, com a criação da Mega Trina. Um debate sobre a ilusão do enriquecimento pela sorte encerrou a experiência. Observou-se que o período de planejamento é de intensa aprendizagem conceitual e que o despreendimento do livro didático, ocorre com a aproprição dos conhecimentos.