Síntese do trabalho: A depressão é um transtorno mental comum entre idosos, sendo um desafio frente ao envelhecimento populacional. Os antidepressivos contribuem na melhora significativa do aspecto psicológico de muitos pacientes idosos que convivem com a depressão. Entretanto, esses medicamentos possuem efeitos colaterais que podem estar relacionados às quedas nesta faixa etária, como comprometimento psicomotor, o que pode causar consequências prejudiciais tanto ao tratamento quanto às condições físicas desses pacientes, como escoriações, fraturas e até mesmo morte. Nesse contexto, buscou-se analisar os tipos de antidepressivos e como eles possuem relação com a ocorrência de quedas em idosos, bem como quais fatores facilitam e aumentam o risco de quedas nesta faixa etária em associação com o uso desses medicamentos, a exemplo da polifarmácia. Referencial teórico-metodológico: Trata-se de uma revisão do tipo integrativa de literatura realizada a partir de pesquisa nas bases PubMed, LILACS e SciELO com os descritores “Elderly”, “Antidepressive”, “Risks” e “Fall”. Analisou-se artigos em língua inglesa e de livre acesso dos últimos 10 anos que abordam a relação do uso de antidepressivos com o risco de quedas em pessoas com 60 anos ou mais, excluindo-se os estudos com fármacos de outras classes e os apenas com pessoas com menos de 60 anos, bem como os que apresentem outros desfechos que não quedas. Principais resultados: O uso de antidepressivos aumenta consideravelmente o risco de queda em idosos, principalmente os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), mas também os tricíclicos (ADTs). Esses medicamentos facilitam a ocorrência de quedas por motivos como hipotensão ortostática, comprometimento psicomotor e hiponatremia, que causa sedação e confusão. Além disso, o risco de queda é aumentado proporcionalmente ao número de Fall-Risks-Increasing Drugs (FRID) utilizados por idosos em associação a antidepressivos, como álcool e anti-hipertensivos.