O Brasil e o mundo, no início do ano de 2020, vivenciou o surgimento de uma grave pandemia ocasionada pela infecção do novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2. Esta doença que afetou milhares de pessoas em todos os continentes teve como necessidade a adoção de medidas não farmacológicas para o seu enfrentamento, sendo o distanciamento e o isolamento social a mais efetiva delas. Diante da necessidade do isolamento, em que a população teve que permanecer em suas residências, foi verificado um grande impacto na alimentação dos idosos, havendo, dessa forma, implicações no estado nutricional. Logo, este estudo teve como objetivo analisar o estado nutricional de idosos durante a pandemia da COVID-19, utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), entre os anos de 2019 e 2022. Trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo, cuja amostra foi composta por idosos, de ambos os sexos, extraídos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN web entre os anos de 2019 e 2022, de domínio público. Foram coletados os dados de sexo, idade, estado nutricional e do consumo de alimentos ultraprocessados. Com base nos dados analisados, pode-se concluir que o estado nutricional de idosos acompanhados pelo SISVAN no município de Vitória de Santo Antão - Pernambuco sofreu alterações no período pandêmico da COVID-19, com aumento, entre os anos, de idosos com sobrepeso, sobretudo naqueles pertencentes ao sexo feminino. Além disso, as estratégias utilizadas para conter a disseminação do vírus da COVID-19 tiveram impacto na alimentação, aumentando o consumo de alimentos processados. Esse tipo de alimento tem baixo valor nutricional e alto valor calórico, contribuindo para o surgimento ou agravamento do sobrepeso nos idosos, como na pesquisa analisada. A ausência da prática de exercícios físicos, devido ao isolamento, corrobora para os resultados.