RESUMO A doença de Parkinson é uma condição progressiva e degenerativa que envolve perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra do mesencéfalo, resultando em sintomas motores como tremores de repouso, bradicinesia e instabilidade postural. A neuromelanina, um pigmento derivado da oxidação da dopamina presente nos neurônios dopaminérgicos, forma um complexo com o ferro que age como uma proteção contra o estresse oxidativo no ambiente celular. Portanto, este trabalho pretende analisar a associação entre a neuromelanina e o ferro no desenvolvimento da doença de Parkinson. A presente revisão integrativa foi realizada através da plataforma PubMed, utilizando os MeSh Terms “Parkinson Disease”, "Melanins" e "Iron" associados ao operador booleano AND. Foram encontrados 76 artigos publicados nos últimos 10 anos, e após triagem com RAYYAN, foram excluídos os artigos que não apresentavam os descritores mencionados. Assim, 67 foram excluídos, de forma que 7 trabalhos dos 76 resultados da pesquisa foram utilizados na elaboração deste resumo. Os resultados obtidos foram que o ferro se acumula no sistema nervoso e contribui para a formação de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) ao participar da Reação de Fenton. Nesse sentido, a neuromelanina, ao se ligar com o ferro, forma o complexo ferro-neuromelanina, impedindo que o ferro participe da Reação de Fenton e, assim, protege os neurônios do estresse oxidativo. Entretanto, no Parkinson, é visto um acúmulo de ferro que causa estresse e degeneração de neurônios dopaminérgicos, que liberam neuromelanina no meio extracelular ativando as micróglias, as quais fagocitam a neuromelanina e liberam fatores pró-inflamatórios, causando neuroinflamação. Por fim, os neurônios, sem o complexo ferro-neuromelanina, ficam mais vulneráveis ao estresse oxidativo, agravando sua degeneração e morte.