O envelhecimento é uma etapa do desenvolvimento humano, comumente marcada por estigmas associados à invalidez e a perca de vitalidade. Contudo, a literatura atual sobre a temática demonstra que o processo de envelhecer também pode ser ativo, não estático, renovador e inovador. Dentre os diversos fatores que contribuem para um envelhecimento saudável, estudos têm apontado a dança como aspecto relevante, uma vez que a possibilidade de envolver-se com a arte da dança colabora com a saúde física e mental. Dessa forma, o artigo pretende produzir reflexões acerca das implicações da dança e sua relação com o corpo em processo de envelhecimento. Para alcançar este objetivo, foi conduzida uma revisão narrativa da literatura, por meio de plataformas digitais para recolhimento das informações, tais como SciELO, Google Acadêmico, Periódicos CAPES, entre outras. Os dados coletados possibilitaram conhecer as relações estabelecidas na literatura entre a dança e o processo de envelhecer. Inicialmente, foi abordado sobre os tipos de danças e como o corpo foi entendido de acordo com o período histórico e social, bem como, esse corpo em processo de envelhecimento, suas limitações e possibilidades. Ademais, discutiu-se quais são as repercussões da dança no corpo envelhecido, levando em consideração a visão da sociedade atual sobre a dança, o corpo “ideal” e como esses elementos podem interferir na saúde mental dos idosos. Assim, considerou-se os diversos impactos que a dança pode gerar no idoso, tendo em vista as subjetividades desses sujeitos e o idadismo. As reflexões deste artigo basearam-se em uma visão psicossocial da Psicologia Social, que considera os indivíduos em sua totalidade. Conclui-se a importância de produções científicas que possibilitem reflexões e desmistificações do corpo envelhecido em cena, trazendo um olhar para suas potencialidades na dança e benefícios para a saúde mental, buscando romper com estigmas sociais para com essa população.