As mudanças demográficas e epidemiológicas acerca do envelhecimento trazem importantes alterações para a educação profissional em saúde, já que as intervenções na saúde da pessoa idosa extrapolam o antigo modelo biomédico, demandando conhecimentos acerca de aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Dessa forma, a ausência de uma formação adequada compromete a conduta resolutiva dos profissionais de saúde no cuidado a pessoa idosa. No Brasil a adequação curricular é mencionada na atual Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI/2006). Visto que o envelhecimento da população requer o preparo e conhecimento específico dos profissionais da saúde, esse artigo visa identificar como o envelhecimento tem sido abordado na formação universitária dos cursos de saúde. Para tal, foi realizada busca por artigos em português, inglês, francês e espanhol na PubMed, através da chave de busca ((Gerontology) OR (aging)) AND (curriculum), bem como, uma análise documental nas matrizes curriculares dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Medicina, Nutrição e Fisioterapia em três universidades privadas e uma universidade particular em Natal, Rio Grande do Norte. Enquanto resultados, destaca-se um quantitativo de artigos crescente em relação a importância do estudo de envelhecimento, formação profissional e competências necessárias do profissional para atenção de qualidade a pessoa idosa. Os currículos de graduação lentamente incorporam o assunto e os planos de ensino analisados revelam lacunas e ainda estão distantes da real necessidade da sociedade, trazendo em sua maioria como disciplina optativa, não obrigatória ou abordando dentro da disciplina de Desenvolvimento Humano. Os resultados dessa pesquisa não podem ser tomados como conclusivos, pois são representativos de um momento histórico e expressam uma tendência de mudança na formação inicial dos profissionais das duas áreas de conhecimento.