A alimentação desempenha um papel significativo na prevenção e no manejo de doenças crônicas não transmissíveis em idosos. Essas doenças frequentemente estão relacionadas a fatores alimentares e podem ser influenciadas por escolhas dietéticas inadequadas ao longo da vida. Dessa forma, esse estudo teve o objetivo de verificar o comportamento do excesso de peso corporal e as características de consumo alimentar de idosos residentes nas capitais brasileiras. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem descritiva, realizado a partir dos relatórios da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), no período de 2006 a 2021, considerando os relatórios de 2006, 2011, 2016 e 2021. Os dados coletados abrangeram prevalência média de excesso de peso corporal (IMC ? 25kg/m²) e dados sobre consumo de frutas e hortaliças, refrigerantes e bebidas alcoólicas em idosos (idade ? 65 anos). A prevalência média de excesso de peso corporal apresentou aumento progressivo, passando de 53,1% para 60,7% no período analisado, o que também se manteve quando observada a variação no sexo masculino e feminino. Em relação ao consumo frutas e hortaliças, em cinco ou mais dias da semana, observou-se declínio importante, passando de 67,7% para 44,7% nos dados totais, e de 60,7% para 36,2% entre homens, enquanto que, enquanto que mulheres a redução foi de aproximadamente 5%. O baixo consumo de frutas e hortaliças em idosos pode contribuir para o excesso de peso corporal, que por sua vez está associado ao risco aumentado de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Portanto, é importante incentivar uma dieta equilibrada e rica em frutas e hortaliças como parte de um estilo de vida saudável na terceira idade.