Introdução: O câncer de colo de útero, ou cervical, é a terceira neoplasia que mais atinge as mulheres brasileiras, atrás, apenas, do câncer de mama e o colorretal, o que evidencia a importância do seu diagnóstico e tratamento precoce. Objetivo: Analisar o acervo científico acerca do câncer de colo de útero em idosas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que realizou um levantamento das evidências na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os descritores: “idosas” AND “câncer de colo do útero”, com os filtros: texto completo; Base de dados: LILACS; Idiomas: português e inglês; de 2018 a 2022. Resultados e discussão: Dos 33 artigos encontrados, excluíram-se 23 por fuga temática, duplicação ou por indisponibilidade na íntegra, constituindo um corpus final de 10 publicações. As evidências referem que é de suma importância destacar seu predomínio na população idosa, devido a diversos fatores como o desconhecimento acerca da realização periódica dos exames preventivos, o citológico e o histológico, além da doença em si, a cobertura insuficiente para a realização desses exames por mulheres idosas, o tabagismo e o contato sexual desprotegido uma vez que a sexualidade, nessa faixa, é ainda vista como um tabu. Ademais, vale salientar que esse público vive com esses fatores associados por um longo tempo e quando descobrem a doença, o estágio já está avançado. Conclusão: Isto posto, percebe-se que, apesar de o número de casos desse câncer em idosas vir aumentando, não se observa um aumento paralelo na atenção que a rede de saúde pública oferece para sua prevenção e diagnose precoce, o que contribuiria para um melhor prognóstico da doença. Por se tratar de uma temática pertinente e preocupante, sugere-se mais estudos relacionados à população idosa, visto que estes ainda se apresentam de forma incipiente.