SANTOS, Isabele Silva Dos et al.. Síndrome pós-covid-19 em idosos: revisão de escopo. Anais do X CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/102249>. Acesso em: 07/11/2024 14:43
A Síndrome Pós-COVID-19 emergiu como um fenômeno de crescente preocupação no cenário pós pandêmico. Após a recuperação da infecção aguda pelo vírus SARS-CoV-2, muitos idosos relatam a persistência de sintomas que vão além do período convencional de convalescença. Esses sintomas variados e prolongados, que abrangem aspectos físicos e cognitivos, têm levantado questões sobre os impactos de longo prazo da doença. A compreensão abrangente dessa síndrome é fundamental para direcionar estratégias de cuidados de saúde adequadas. Nesse contexto, esta revisão de escopo visa mapear e resumir a literatura atual sobre a síndrome pós-covid-19 em idosos, compreendendo suas características, impactos e lacunas de conhecimento. Foram selecionados estudos relevantes através de buscas nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), Web of Science, Scopus, e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). A análise englobou estudos que abordam possíveis sequelas da COVID-19 em pessoas idosas, incluindo suas manifestações clínicas, fatores de risco, mecanismos subjacentes e abordagens de manejo. Os estudos analisados indicam que a Síndrome Pós-COVID-19 em pessoas idosas é uma realidade que merece atenção. Sintomas como fadiga persistente, dificuldades respiratórias, comprometimento cognitivo e dor crônica afetam a qualidade de vida dos idosos. A idade avançada, junto com comorbidades pré-existentes, além da resposta imunológica alterada em idosos pode contribuir para os sintomas persistentes. Além disso, a complexidade da síndrome requer uma abordagem multidisciplinar para seu manejo, envolvendo profissionais diversos. Dessarte, a literatura atual apresenta algumas lacunas, como a falta de uma definição consensual da síndrome e a necessidade de investigações mais aprofundadas sobre os mecanismos fisiopatológicos em idosos. A compreensão dos mecanismos subjacentes, juntamente com abordagens de tratamento específicas para idosos, é essencial para enfrentar essa complexa condição de saúde e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.