A influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral aguda altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório, com ampla disseminação global. Embora todos os grupos etários possam ser afetados, os idosos apresentam maior risco de complicações. A medida mais efetiva de controle é a vacinação anual para prevenir infecções durante epidemias e minimizar a gravidade da doença. O objetivo deste estudo foi investigar na literatura fatores contribuintes para hesitação dos idosos em receber a vacina contra influenza. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando como fontes de pesquisa os bancos de dados PubMed, SciELO, Lilacs, Scopus, Web Of Science e BVS. Buscou-se por estudos publicados nos últimos dez anos, utilizando estratégias que combinavam termos do Decs/Mesh por meio do operador booleano AND. Após a triagem dos artigos, conforme critérios de inclusão e exclusão, um total de 14 artigos constituiu a amostra final. Os estudos abrangeram quatro continentes e contaram com a participação total de 45.679 idosos. Dentre os fatores contribuintes para a hesitação vacinal em idosos, os mais citados foram a desconfiança quanto à eficácia das vacinas, preocupações com a segurança e o receio de efeitos colaterais. Adicionalmente, observou-se um alto desconhecimento acerca da doença, da vacina e das campanhas de vacinação. Alguns idosos consideraram a vacinação desnecessária, demonstrando uma percepção reduzida dos riscos ou falta de preocupação em relação à doença. Complicações importantes podem afetar os idosos em decorrência da infecção pela influenza como pneumonia, infecção secundária, miosite e agravamento de doenças crônicas pré-existentes. Portanto, investigar fatores relacionados à baixa adesão deste grupo é de fundamental importância para profissionais de saúde e autoridades competentes. Tais informações podem embasar a criação de estratégias voltadas a desmistificar informações equivocadas, aumentar a aceitação da vacinação e, assim, reduzir casos graves e óbitos neste público