A educação e a prática interprofissional permitem que os profissionais de diferentes formações na saúde articulem seus saberes específicos na organização do trabalho. Favorecendo o desenvolvimento de habilidades criativas que resultam no aumento da resolubilidade e qualidade dos serviços de saúde. Poucos achados na literatura discorrem sobre o perfil dos profissionais inseridos em Residências Multiprofissionais. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil e analisar a orientação para o trabalho interprofissional de residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Hospitalar (RIMUSH) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Trata-se de um estudo observacional descritivo, com corte transversal e abordagem quantitativa, do qual participaram 11 residentes do primeiro ano da RIMUSH, da Ênfase em Saúde do Idoso. Os dados coletados foram organizados em planilha do programa Microsoft 365 Excel® para procedimentos de análises descritivas e inferenciais. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino com idade média de 26 anos. A composição da equipe de residentes de acordo com os núcleos profissionais foi homogênea. Com relação às percepções, a maior parte do tempo semanal de trabalho é dedicado aos atendimentos individuais, seguida das atividades realizadas com os preceptores de cada núcleo profissional. Conclusão: A residência tem um papel significativo na vida do profissional, tanto durante a realização do curso, como após a sua finalização. Conhecer esses profissionais e suas práticas ajuda a avaliar os efeitos da formação ofertada e suas implicações para o SUS, onde a formação com base na interprofissionalidade torna-se um caminho para o futuro da qualificação da assistência.