A menopausa é vista como uma condição natural do envelhecimento, que ocorre durante um período de transição na vida da mulher, caracterizada pela interrupção de produção de óvulos, redução dos níveis dos hormônios estrogênio e progesterona, ocasionando a diminuição da frequência menstrual, até que esta cesse por completo. Tem-se visto que a diminuição dos níveis de estrogênios predispõe ao aumento dos níveis pressóricos, tendo como consequência o aumento da incidência de doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa. Perante o exposto, objetivou-se discutir sobre a correlação entre menopausa e hipertensão arterial sistêmica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a partir da consulta às bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, onde foram selecionados estudos relativos ao tema, publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas português, espanhol e inglês, com disponibilidade de texto completo. Além da alteração no estrogênio, estudos demonstram que no período pós-menopausa, há uma redução do hormônio peptídeo natriurético atrial, o qual desempenha importante papel na prevenção da hipertensão, sendo mais um fator de risco para o desenvolvimento da patologia. Resultados de pesquisa apresentam um efeito benéfico na pressão arterial de mulheres na menopausa que fazem reposição hormonal, com reversão do quadro hipertensivo. O aumento da pressão sistólica relaciona-se com a aterosclerose arterial, principalmente dos grandes vasos e também com a carência estrogênica que ocorre desde o início da falência gonadal. Devido aos riscos da reposição hormonal à saúde feminina, tromboembolismo e câncer de mama, outras medidas não-medicamentosas como redução de peso, diminuição da ingestão de sódio e álcool, redução do tabaco, são sugestões para a diminuição da hipertensão arterial sistêmica na menopausa.