Introdução: O processo de envelhecimento pode trazer consigo consequências na saúde e alguns desafios a serem enfrentados. A análise desses desafios se torna indispensável para melhoria da assistência à saúde da pessoa idosa. Objetivo: Avaliar a associação do estado funcional e o risco de declínio funcional de pessoas idosas atendidas em unidades da Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa, realizado em unidades de APS dos municípios de Natal (RN) e Santa Cruz (RN). Os dados foram analisados com auxílio do software SPSS. Para realização da análise foi utilizado os testes não-paramétrico Qui-quadrado e teste exato de Fisher nos casos aplicáveis, foram consideradas associações quando p<0,05. Resultados: A amostra final totalizou 100 indivíduos entrevistados. Foi possível verificar uma diferença significativa entre os indivíduos dependentes e independentes. Ao analisar o cruzamento dos dados do nível de dependência para ABVD (Índice de Barthel) com o risco de declínio funcional (Prisma 7), permitiu evidenciar que, apesar da maior parte da amostra ter sido classificada como independente em todas as variáveis, o risco de declínio funcional esteve presente na maior parte desses indivíduos. Na análise de cruzamento entre as AIVD (Lawton & Brody) e o risco de declínio funcional, não foram observadas associações entre essas variáveis e suas categorias. No entanto, houve maioria significativa dos indivíduos independentes nas variáveis “Uso de Telefone”, “Realizar refeições”, “Uso de medicamentos” e “Manuseio de Dinheiro”. Conclusão: Indo em contramão ao senso comum e algumas literaturas relacionadas, parte da amostra classificada como independente, apresentou risco para o declínio funcional. Portanto, realizar atividades para a manutenção da saúde da pessoa idosa deve ter foco na autonomia e independência, gerando uma melhor performance do envelhecimento.