A extensão universitária está centrada na integralização dos pilares formativos básicos que compõem o processo ensino-aprendizagem de futuros profissionais da área da saúde. No contexto da Fisioterapia em Gerontologia, as práticas extensionistas congregam docentes e discentes para promoverem a saúde funcional e a participação social da pessoa idosa. Nesse ínterim, o projeto de extensão universitária Aquatividade é um exemplo de ferramenta que favorece a construção de um envelhecimento ativo e saudável, posto que tem como foco promover o controle das repercussões cinéticas e funcionais mediante os efeitos fisiológicos e terapêuticos da Fisioterapia Aquática. O objetivo deste estudo foi descrever a experiência dos extensionistas diante das práticas terapêuticas desenvolvidas pelo projeto Aquatividade. O cenário do estudo foi o Setor de Terapias Aquáticas da Clínica-Escola de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior, localizada no município de João Pessoa, Paraíba, tendo como público-alvo 25 pessoas idosas, de ambos os sexos, com queixas dolorosas há mais de três meses. As primeiras atividades foram direcionadas para apresentação dos objetivos e diretrizes do projeto, incluindo treinamento dos extensionistas para a aplicação dos instrumentos de avaliação e protocolo fisioterapêutico. Após o período de avaliação fisioterapêutica, os atendimentos em meio aquático transcorreram em encontros semanais, com duração de 50 minutos, englobando treino aeróbico, flexibilização muscular, treinamento funcional e relaxamento. Em seus depoimentos, os extensionistas valorizaram a construção das relações sociais e intergeracionais desenvolvidas com os participantes, assim como observaram o aprofundamento dos conhecimentos relacionados à avaliação multidimensional da pessoa idosa e à aplicabilidade dos recursos terapêuticos aquáticos. Conclui-se, portanto, que a ludicidade e a socialização proporcionadas pelas terapias aquáticas em grupo podem agregar valores ao programa de extensão universitária, contribuindo para o estabelecimento da dialogicidade entre as metodologias acadêmicas e as práticas desenvolvidas em comunidade, de forma a promover funcionalidade, inclusão e ampliação dos saberes elaborados.