Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um aumento significativo da sua população idosa, impactando de forma intensa nos serviços de saúde e gastos públicos, já que a maioria desta população apresenta multimorbidades. Uma parcela desse público que necessita ainda mais atenção, são os idosos acamados, com limitações dos movimentos e das atividades diárias. Diante deste contexto, objetivou-se discutir sobre a relevância da saúde mental em idosos acamados. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que investigou trabalhos publicados nos últimos 10 anos sobre a temática, nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Dentre os resultados mais relevantes, percebe-se que o fato de estar acamado vincula-se a diversos problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, neurológicas e acidentes automobilísticos ou domésticos. Ressalta-se que devido a imobilização, esse público desenvolve as psicopatologias, apresentando ansiedade, depressão, estresse e o medo, sendo sinais e sintomas frequentes. Esta situação neuropsicológica aumenta o quadro de polifarmácia, levando a mais complicações, inclusive digestivas e nutricionais. É essencial o acompanhamento psicológico, psiquiátrico e neurológico desses idosos acamados, além da participação de equipes multiprofissionais, visando a implementação de estratégias, incluindo os cuidadores, a fim de preservar a saúde mental e qualidade de vida em um período tão tênue e importante.