O processo de envelhecimento é composto por diversas mudanças multidimensionais advindas do avanço da idade, o que exige maior flexibilidade e adaptação por parte dos idosos. Nesse sentido, existe a teoria do paradigma do desenvolvimento ao longo da vida (life-span) que alega a velhice em equilíbrio com as adversidades como meio para um envelhecimento bem-sucedido. No entanto, ainda é escassa a discussão acerca do papel da resiliência psicológica para encontrar o equilíbrio citado. Dentro desse contexto, o presente trabalho objetiva avaliar as produções científicas que relacionam o processo de envelhecimento e a resiliência psicológica como um agente importante para a velhice bem-sucedida. Concerne a um estudo de revisão integrativa da literatura, com abordagem quantitativa e qualitativa. As bases de dados utilizadas foram, Medical Publications (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia Brasil (BVS-Psi Brasil), com a inserção dos respectivos descritores: resiliência, idoso e envelhecimento. Empregou-se o operador booleano AND. Logo após, aplicaram-se os critérios de inclusão, artigos publicados nos últimos 5 anos, nas plataformas mencionadas e com acesso gratuito. Assim, com a aplicação desse método, foram selecionados 11 artigos. Tais achados, evidenciaram a resiliência como a maneira de enfrentamento às adversidades da vida com o intuito de superá-las. Os artigos destacaram que a resiliência não é restrita a questões psicológicas individuais, mas também a relações sociais, econômicas, geográficas e familiares. Foi notado, por exemplo, maior relação entre a melhor saúde e maior resiliência em idosos no isolamento prolongado da Pandemia da COVID-19, enquanto depressão e falta de suporte familiar estavam associados a baixos níveis de resiliência. Em suma, a literatura científica apresentou que a resiliência é um fator contribuinte para a velhice bem-sucedida, mas ainda é necessário novos estudos que demonstrem novas formas de intervenção.