A mortalidade por transtornos de condução e arritmias cardíacas possui um impacto considerável na saúde pública, com ênfase na população idosa, devido à inversão da pirâmide etária e ao aumento das doenças cardiovasculares nesse grupo que podem acarretar desfechos clínicos fatais. O estudo objetiva-se a conhecer o perfil epidemiológico da mortalidade por transtornos de condução e arritmias cardíacas na população idosa de 2011 a 2021 no Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico-transversal, descritivo com análise quantitativa e com processo de amostragem por acessibilidade entre 2011 e 2021. Os dados apresentados constituem o banco de dados do Ministério da saúde (MS), sintetizados e organizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Incluíram-se óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas com registro no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), classificados conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID) na versão 10, sendo CID-10/I44-I49. As variáveis foram: regiões do Brasil, Sexo, Cor/Raça, Estado Civil, Faixa Etária, Escolaridade, Grupo CID-10 e Categoria CID-10, todos em anos categorizados. Observou-se o aumento exponencial nos anos analisados, destacando-se 2021 com 13.665 (12,5%) óbitos. As regiões que mais registraram casos fatais foram o Sudeste (52,9%) e o Nordeste (18,2%). A maioria eram indivíduos com idade igual ou superior a 80 anos (50,5%), pessoas do sexo feminino (54,0%), com pele branca (61,7%) e parda (27,0%), casados (33,6%) e viuvos (38,2%), com escolaridade entre 1 e 3 anos (26,8%). Ainda, destacou-se os óbitos por outras arritmias cardíacas (38,3%), Flutter e fibrilação atrial (36,3%) e Bloqueio atrioventricular e do ramo esquerdo (9,7%). É fundamental compreender a gravidade e as implicações dessas patologias a fim de implementar intervenções eficazes para reduzir a mortalidade da população idosa, fomentando a prevenção, o diagnóstico e manejo dessas condições.