As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) estão entre os problemas de saúdemais comuns em todo o mundo.A sífilis é uma IST que, se não tratada evoluipara uma enfermidade crônica, podendoser transmitida por transfusão sanguínea, via placentária e por relações sexuais. O aumento dos casos de sífilis em idosos no Brasil pode estar relacionado com o prolongamento da vida sexual, descuido com os preservativos nas relações sexuais e a falta de informação quanto aos riscos das ISTs. Nesse sentido, a adesão ao tratamento por idosos com sífilis tem sido um desafio na atenção primária. O objetivo do trabalho foi descrever a experiência com idosos portadores de sífilis eanalisar os problemas quanto a não adesão ao tratamento farmacológico. Foi utilizada uma metodologia descritiva, relato de experiência, realizado em uma unidade de saúde da cidade de João Pessoa-PB, por meio de acompanhamento de 15 idosos, entre 60-72 anos, portadores de sífilis. Através do acompanhamento, percebeu-se que as principais justificativas para a não adesão ao tratamento medicamentoso são a dispensabilidade deste por acharem que a doença não é transmissível e desistência devido às dores das injeções. Alguns argumentaram que apenas as parceiras necessitam de tratamento e que a doença não é letal. Outros relataram sentir vergonha de ser positivo para sífilis citando dificuldades no acolhimento em unidades básicas de saúde. Diante do que foi relatado, notou-se que a não adesão ao tratamento da sífilis está relacionada com a falta de informação sobre as ISTs e importância da proteção sexual. Com esse relato foi observada a necessidade de ações de educação em saúde de conscientização sobre a sexualidade do idoso, o uso de proteção nas relações sexuais e sobre a sífilis, tentando despertar o auto cuidado, controle da transmissão e a ocorrência de novos casos.