A Atenção Primária à Saúde (APS) se apresenta como um modelo assistencial de referência no âmbito da saúde coletiva desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde, do Brasil, onde são responsáveis por realizarem atividades estratégicas de cuidados básicos aos usuários (prevenção, promoção, proteção e recuperação/reabilitação). No presente estudo, buscou-se monitorar as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Professora Odete Leandro Oliveira, localizada nas dependências da Universidade Estadual da Paraíba. A presente pesquisa utilizou uma abordagem metodológica do tipo quanti-qualitativa, descritiva e exploratória. Foram convidados a participar da pesquisa os pacientes adultos e idosos assistidos pela UBSF, no qual por intermédio de um questionário pré-elaborado respondiam, voluntariamente, questões subjetivas e objetivas acerca da condição de saúde e dos fatores que se relacionam com o processo saúde-doença do indivíduo participante, como: perfil demográfico; socioeconômico; alimentar; de hábitos sociais; de prática de exercício físico; e de DCNT. Para tanto, foram avaliados 36 indivíduos que procuraram a UBSF para a realização de cuidados básicos de saúde. A análise dos resultados evidenciou uma porcentagem alta de 55,55% (n=20) dos indivíduos com DCNT, as mais presentes: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) com 38,88% (n=14) e Diabetes Mellitus (DM) com 25% (n=9). Em relação aos fatores de risco foi evidenciado que 91,66% (n=33) apresentava pelo menos um fator de risco para DCNT, sendo: 91,66% (n=33) com história de DCNT em parentes de primeiro grau; 55,55 (n=20) estresse; 44,44% (n=16) ansiedade; e 19,44% (n=7) com hábitos de tabagismo. Portanto, ficou evidenciado a crescente prevalência de DCNT e seus fatores de risco no público de idosos e adultos que procuram atendimento na atenção primária à saúde, fato que interfere diretamente na qualidade de vida destes indivíduos.