As quedas são eventos frequentes em idosos e são consideradas indicadores de fragilidade, institucionalização e deterioração da saúde nessa faixa etária. Esses incidentes podem resultar em consequências sérias, incluindo lesões, fraturas e até mesmo óbito. O risco de quedas aumenta significativamente com o avançar da idade, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública mundial devido ao crescente número de idosos na população e ao aumento da expectativa de vida. No Brasil, estima-se que ocorra uma queda em um a cada três indivíduos com mais de 65 anos. Além disso, que um em cada vinte indivíduos que sofre uma queda acabe tendo uma fratura ou necessitando de internação. Em relação aos idosos com 80 anos ou mais, supõe-se que em 40% deles ocorra uma queda a cada ano. Neste cenário, os fatores de risco e causas múltiplas interagem como determinantes e predisponentes, tanto para quedas acidentais quanto para quedas recorrentes. Essa complexidade impõe aos profissionais de saúde, especialmente aos enfermeiros, o desafio de identificar os possíveis fatores de risco modificáveis e abordar as causas subjacentes e comorbidades presentes. Nesse contexto, o empoderamento dos idosos torna-se uma estratégia fundamental de prevenção, permitindo que eles assumam um papel ativo no autocuidado para sua qualidade de vida. Assim, o empoderamento é entendido como o processo de desenvolvimento de habilidades e capacidade de controle para gerar mudanças em sua vida e, consequentemente, redução do risco de quedas.