A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que acomete principalmente os neurônios dos núcleos da base, e se expressa clinicamente em disfunções motoras e cognitivas. Atividades fisioterapêuticas em grupo são utilizadas como estratégia durante o processo de cuidado aos idosos com DP, permitindo trocas de vivências e socialização entre os participantes (PP), além do treino motor e cognitivo. Objetivou-se verificar quais atividades de lazer, dificuldades observadas e cuidados adotados de um grupo de idosos com DP. Aplicou-se uma entrevista estruturada de forma presencial com PP do grupo terapêutico da clínica escola de fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A entrevista consistiu em perguntas sobre as atividades que promovem o bem-estar, a existência de receios durante essas atividades e os cuidados adotados. A entrevista foi realizada com seis PP do grupo, 50% do sexo feminino, com idade de 68,17±9.20 (Média±Desvio Padrão) e nível médio de 2 do estadiamento da doença (Hohen & Yahr modificado). Permitiu problematizar os achados para dia de conscientização da doença de Parkinson, ação de divulgação e sensibilização no Centro de Ciências da Saúde da UFPB. Os idosos relataram praticar atividades como caminhar, andar de bicicleta e dançar como promotoras do bem-estar. Contudo, apresentaram, em sua totalidade, medo de quedas, principalmente em momentos de maior instabilidade postural, déficit de equilíbrio e episódios de congelamento da marcha. Como medidas preventivas, optaram pela adoção de diminuição da velocidade da marcha, uso de dispositivos auxiliares de marcha e por realização regular de atividades como Pilates e fisioterapia. Dessa forma, ao compreender as atividades praticadas e observar as perspectivas, é possível ampliar o olhar e proporcionar centralidade no cuidado. O planejamento de condutas preventivas tornam-se alinhados às necessidades do grupo, intensifica a socialização, motivações interpessoais, e diminuem barreiras com compartilhamento de experiências.