Este trabalho visa verificar as políticas públicas existentes e implementadas na sociedade, voltadas às pessoas idosas, uma vez que muitas cidades não possuem acessibilidade para esta população, apresentando calçadas não adaptadas, entradas em estabelecimentos com muitos degraus e sem rampas, o que dificulta a acessibilidade. Conforme o Censo do IBGE (2010), tornar as cidades brasileiras acessíveis é um grande desafio, dado que mais da metade dos domicílios brasileiros situavam-se em locais sem bueiros; 45,4% dos domicílios não possuíam calçadas entorno de suas residências e somente 4,7% dos domicílios urbanos possuíam rampa para cadeirantes. Embora, constatou-se que a população de 60 anos ou mais de idade vivia em domicílios urbanos com as melhores condições em todas as variáveis pesquisadas no entorno, a acessibilidade era baixíssima, dado que apenas 5,6% contavam com rampa para cadeirantes no entorno de seus domicílios. Nesse viés, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza um estudo que busca municípios que queiram adaptar a estrutura da sua cidade para melhor acomodar as pessoas idosas, pensando em sua inclusão social de uma forma segura, especialmente em relação à mobilidade urbana, já que a maioria vive em cidades. Portanto, serão abordados nesse trabalho as seguintes temáticas: acessibilidades para as pessoas idosas; políticas públicas existentes; e o reconhecimento da “cidade amiga da pessoa idosa”. A metodologia utilizada foi o método qualitativo, com uma pesquisa bibliográfica em obras literárias e legislações. A estratégia do programa “cidade amiga da pessoa idosa” é combinar esforços especializados dos mais diversos setores do âmbito público para promover a integração de políticas públicas de envelhecimento ativo, saudável, da população idosa, inclusive as medidas voltadas para acessibilidade desse grupo. Dessa forma, o reconhecimento dos municípios como amigo da pessoa idosa objetiva incentivar a instauração e efetivação de políticas públicas para atender as especificidades deste grupo social.