O presente estudo é um fragmento que faz parte de uma dissertação de mestrado e aborda de forma qualitativa a autopercepção de 18 idosas com ? 60 anos do interior norte do Rio Grande do Sul – Brasil, que fizeram parte de uma pesquisa de intervenções e análises quantitativa, onde foi aplicado um programa de exercícios físicos de força e flexibilidade para pés, tornozelos, mãos e antebraços, para aferir a melhora na propriocepção, equilíbrio, força e flexibilidade das idosas, impactando assim na autonomia e qualidade de vida (QV) das mesmas. Porém, ao final de todos dados coletados e intervenções realizadas, percebeu-se que imprimir significado subjetivo através da percepção e autopercepção de cada participante seria um plus, e se fazia necessário, pois, no decorrer da pesquisa foram ricas as trocas e depoimentos que surgiram. Para trazer um pouco desta vivência vista pelos olhos e percepções das participantes, foi realizado ao final do processo uma entrevista com as idosas, onde essas responderam a uma entrevista semiestruturada de autopercepção com 6 questões, sendo 5 perguntas objetivas de sim e não, e 1 pergunta subjetiva onde cada participante deixou com suas palavras as percepções pessoais e melhoras no processo. As percepções relatadas demonstram melhoras significativas em todos pontos propostos e na vida diária (VD) de cada uma, assim como ganhos positivos no que tange a funcionalidade, a autopercepção e inclusive o humor. Conclui-se que utilizando as entrevistas como ferramenta para interpretar os resultados obtidos, foi possível compreender a grandiosidade da influência positiva que as intervenções provocaram na vida diária das idosas, bem como imprimir significado a melhora da QV, funcionalidade e autonomia que as mesmas relataram após a experiência vivida.