A pandemia de Covid-19 através de medidas restritivas modificou a rotina das pessoas, principalmente dos idosos, resultando em mudanças de comportamento. O estudo teve como objetivo, compreender os efeitos deletérios do isolamento social, durante a pandemia de Covid19, sobre o estilo de vida de participantes de uma Universidade aberta à terceira idade. Trata-se de um estudo transversal, realizado em uma Universidade aberta à terceira idade, em Salvador, Bahia, de abril a julho de 2022. A amostra selecionada por conveniência, incluindo idosos com idade ? a 60 anos, independentes para as atividades básicas de vida diária (50 pontos no Índice de Barthel modificado). Como critérios de exclusão: assiduidade <70% nos últimos três meses, ter participado da oficina menos de 3 meses, possuir deficiência visual e/ou auditiva e de linguagem grave não corrigida e pontuação no Mini Exame do Estado Mental menor que o ponto de corte da escolaridade. Os dados clínicos e sociodemográficos foram coletados por um formulário e através de uma entrevista estruturada avaliou-se o estilo de vida durante o isolamento social. Participaram 22 idosos com 74 (±2) anos, a maior parte mulheres, solteiras, nível superior completo, renda de 3 salários mínimos, hipertensas e praticantes de atividade física. Referente ao estilo de vida relataram maior interesse pela vida; piora do humor, energia, estabilidade emocional, convivência com os amigos e lazer; não notaram mudança no nível de autoconfiança, resolução de problemas, sexualidade, apetite, realização das tarefas domésticas, capacidade para cumprir obrigações, convivência com a família, sono e saúde física. Conclui-se que mesmo diante das consequências do isolamento social sobre o estilo de vida a educação em saúde é uma forma de amenizar esses efeitos deletérios.