Assim como os demais países do mundo, o Brasil vem mantendo uma tendência de envelhecimento populacional, superando a marca de 30,2 milhões de idosos no ano de 2017. Essa inversão na pirâmide etária leva a uma mudança no perfil epidemiológico, resultando na substituição de doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis associadas a causas externas. Dentre as doenças não transmissíveis, as enfermidades neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson (DP), destacam-se como um dos distúrbios mais comuns na população idosa. Além do tratamento medicamentoso, o tratamento fisioterapêutico, seja ele individual ou em grupo, no formato presencial ou de telereabilitação, mostra-se ser um grande aliado na melhora da capacidade funcional e na prevenção de complicações secundárias causadas pela DP. Este trabalho trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo qualitativo, com o objetivo de descrever as principais barreiras e facilitadores da atuação fisioterapêutica no atendimento remoto de um projeto de extensão voltado para indivíduos com DP. Os atendimentos do projeto ocorrem em grupo, semanalmente, através da plataforma google meet e são desenvolvidas atividades focadas em fortalecimento muscular, treino cognitivo e treino de equilíbrio e coordenação. Durante as vivências proporcionadas pelo projeto, foi possível notar que as principais barreiras enfrentadas no atendimento remoto estão relacionadas à dificuldade da população idosa em manusear os equipamentos de tecnologia. Entretanto, tais dificuldades conseguem ser superadas, muitas vezes com o auxílio de cuidadores. Como facilitadores, verifica-se que esse tipo de intervenção (remota, em grupo) mostra-se uma boa opção para melhorar a capacidade funcional e para melhorar a socialização desses indivíduos que muitas vezes têm sua atividade e participação restritas devido à progressão da DP.