O diagnóstico do TDAH em idosos é um desafio complexo devido ao impacto potencial do TDAH na cognição, afetando memória, concentração e funções executivas. Isso é agravado pela falta de estudos específicos para essa faixa etária em comparação com adultos e crianças, dificultando a estimativa precisa da prevalência do TDAH em idosos. O diagnóstico tardio do TDAH tem implicações significativas no envelhecimento saudável, levantando questões cruciais sobre o impacto desse atraso na vida dos indivíduos. Este estudo emerge de uma abordagem que combinou o Psicodiagnóstico baseado na teoria Psicodinâmica e Neuropsicologia, juntamente com sessões de avaliação terapêutica estruturadas sob uma abordagem colaborativa semiestruturada. Durante um período de 3 meses, entre junho/2023 e agosto/2023, sessões de avaliação terapêutica com duração média de 50 minutos a uma hora foram realizadas. Os objetivos do trabalho consistiram em identificar os impactos do diagnóstico tardio do TDAH na saúde global do paciente no momento da avaliação e refletir sobre as possíveis consequências para o seu processo de envelhecimento saudável. Os resultados indicaram uma melhora na qualidade de vida a curto prazo com o início do tratamento farmacológico e psicoterapêutico, bem como no manejo das demandas laborais. No entanto, a presença de históricos familiares adiciona elementos de ansiedade, uma vez que há a preocupação com a possibilidade de evolução do quadro de TDAH para um estado de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ou Demência Frontotemporal (DFT) no futuro, especialmente quando há um histórico familiar em primeiro grau dessa segunda condição. Este cenário reforça a relevância de conduzir novos estudos na área, visando aprofundar o entendimento sobre os possíveis fatores de risco associados, a fim de desenvolver estratégias de prevenção e intervenção eficazes. Pesquisas nesse campo são cruciais para melhor compreender o TDAH em idosos e seus impactos no envelhecimento saudável.