Artigo Anais do X CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

TOLEBRUTINIBE, INIBIDOR DA TIROSINA QUINASE DE BRUTON (BTK), COMO NOVA PROPOSTA TERAPÊUTICA PARA A ESCLEROSE MÚLTIPLA

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Publicado em 20 de dezembro de 2023

Resumo

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela desmielinização e neurodegeneração, causando lesões focais devido à perda de mielina, gliose e axônios. A terapêutica com os inibidores de tirosina quinase Bruton (BTKis) tem papel importante na desregulação dos mecanismos de imunidade adaptativa e inata na EM, podendo ser eficaz na prevenção de recaídas e/ou progressão crônica. Objetivo: Investigar o uso dos BTKis para pacientes com EM. Método e materiais: Trata-se de uma revisão integrativa que realizou um levantamento de artigos na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores: “esclerose múltipla” AND “inibidor de tirosina kinase”, com os filtros: texto completo; base de dados: MEDLINE; Idioma: inglês; nos últimos 05 anos. Resultados e Discussão: Das 15 publicações encontradas, excluíram-se 2 por fuga temática e 1 pela indisponibilidade na íntegra, constituindo um corpus final de 12 artigos e identificados 02 eixos temáticos: (I) Compreensão fisiológica da atuação do BTKis na EM e (II) Utilização da terapia com tolebrutinibe em pacientes com EM. As evidências referem que os BTKis, como o tolebrutinibe, trazem benefícios terapêuticos para os pacientes pois são capazes de adentrar na barreira hematoencefálica, amenizando os processos inflamatórios conduzidos pelos linfócitos B, macrófagos e micróglia. O tolebrutinibe, atualmente, vem sendo estudado por sua capacidade neuroprotetora, na qual a remielinização limita a progressão da doença e reverte a incapacidade dos doentes. Ao comparar com os anti-CD20 que agem eliminando completamente todas as células B permitindo a entrada de infecções oportunistas, o tolebrutinibe atinge apenas as células B autorreativas, sem criar imunodeficiência dessas células. Conclusão: A utilização dos BTKis em pacientes com EM se apresenta benéfica por possuir um mecanismo de ação duplo como a remielinização e neuroproteção, possibilitando a regressão da doença. Porém, por se tratar de estudos incipientes, sugere-se mais evidências científicas relacionadas a esta importante temática

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