O presente trabalho se baseia teoricamente no Modelo de Atenção Integral à Pessoa Idosa, proposta pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa no Brasil. O objetivo foi descrever a percepção de idosos quanto às práticas de autocuidado durante o período de isolamento social na pandemia de Covid-19. Tratou-se de um estudo intervencionista e descritivo, via Google Meet, entre março/2020 e março/2021, com 15 idosos participantes da Consulta de Enfermagem. Coletaram-se dados através de uma entrevista e destes 15, a maioria era do sexo feminino, com idades entre 61-82 anos. Todos citaram usar WhatsApp, Instagram e assistiam aulas da Universidade Aberta a Maturidade da Universidade Estadual da Paraíba. Dentre as doenças crônicas autorreferidas: Hipertensão arterial Sistêmica com uso de anti-hipertensivos; Diabetes Mellitus com uso de hipoglicemiantes orais; gastrites com uso de medicamentos; osteosporose e osteopenia com uso de reposição de Cálcio e Vitamina D; dor crônica, com uso de medicação analgésica e/ou antinflamatória; hipotireoidismo com uso de reposição hormonal, uso contínuo de ômega 3 e vitaminas. Ademais, 75% afirmaram alguma queixa de dor crônica em membros inferiores e/ou superiores e 90% estavam muito temerosos com o contágio do Covid-19. Cinco (33,33%) afirmaram sentir emoções fortes relacionadas a ansiedade e tristeza. Sobre a percepção do autocuidado, 75% afirmaram estar se autocuidando com: medicamentos contínuos, continuação de dieta, execução de atividades domésticas rotineiras e o uso de redes sociais e TV religiosas ajudaram no processo de enfrentamento de ansiedade e tristeza durante a pandemia. Conclui-se que, a pesquisa intervencionista colaborou na investigação de experiências exitosas relacionadas a inserção do idoso nos espaços virtuais e gerou interesse da academia em otimizar formas educativas para promover saúde durante a pandemia de Covid-19, principalmente relacionada a manutenção do autocuidado.