Este trabalho surge a partir das aulas no componente curricular Experiências do Sensível, ministradas na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), cuja proposta abrange, dentre outros pontos, a ‘observação de matizes e processos do sensível que tensionam os métodos científicos normativos e fundamentam formas de investigação sobre o mundo’. O recorte desta comunicação visa apresentar um exemplo de como esse componente curricular – obrigatório para a maior parte dos cursos de primeiro ciclo da UFSB – busca reativar as saber sensível de cada pessoa com tem contato com ele. Para tanto, utilizamos, como exemplo, o encontro da literatura comparada a fim de apontar como a escrevivência de Conceição Evaristo, presente no conto “Olhos D’água”, a de João Guimarães Rosa, no conto “Terceira Margem do Rio”, juntas à canção/tradução intersemiótica “Terceira Margem do Rio”, de Caetano Veloso, podem contribuir para a formação do sujeito – docente e discente – na construção de sua subjetividade, para a sua presença na universidade, enquanto espaço de alteridade e para o seu sentimento de participação no território em que vive. Para desenvolver este trabalho, foi necessário o uso de práticas interdisciplinares de escritas de si e narrativas autobiográficas, bem como de elementos corporeo-sensoriais que serviram como dispositivos do componente supracitado. Como suporte teórico, as contribuições de Duarte Júnior (2000), Carvalhal (1986), Rancière (2005), Badiou (2002), dentre outros foram muito úteis.