A sociedade é permeada por estigmas sociais e diversas formas de violências que ferem os direitos humanos e refletem no âmbito escolar. Nesse sentido, ressignificar conceitos, preconceitos e situações comuns, de modo a promover o respeito às diferenças, é uma oportunidade para trabalhar numa perspectiva que segue a lógica dos direitos. Assim, o projeto "EDUCAÇÃO PARA NÃO VIOLÊNCIA: articulando formação inicial e continuada de professoras/es no âmbito da Educação Básica”, atrelado ao PROLICEN/UFPB - 2023, segue com objetivo principal articular a formação inicial de acadêmicas/os dos cursos de Licenciatura da UFPB à formação continuada de professoras/es da Educação Básica na escola pública, considerando a educação para não violência no âmbito escolar, focando na perspectiva de significar e ressignificar conceitos, preconceitos e estigmas, trabalhando a igualdade e equidade de gênero e a não violência a partir da lógica dos direitos humanos. Em termos de abordagem metodológica, o trabalho é de natureza qualitativa (MINAYO, 2008), do tipo relato de experiência, pois tece um relato sobre oficinas pedagógicas relacionadas às questões de gênero e sexualidade, que teve como público-alvo professoras do 4º ano do ensino fundamental. Anterior às oficinas, foram realizadas entrevistas diagnósticas, as quais apontaram um certo desconhecimento de conceitos importantes dos estudos de gênero, bem como, dificuldades em abordar essas questões em sala de aula. Tais constatações fundamentaram as oficinas que tiveram como temáticas: estigmas sociais acerca dos papéis de gênero, comportamentos naturalizados e violências, linguagem e conceitos de gênero e sexualidade. Através destas, as professoras foram provocadas a reviver a própria história de vida mediante as reflexões críticas levantadas. Além disso, estabeleceram diálogo com os estudos de gênero tornando explícito, nos seus depoimentos, como as oficinas possibilitaram o entendimento sobre a educação para não-violência e para os direitos humanos com foco nas questões de gênero e sexualidade.