Este artigo tem por objetivo analisar como as mulheres professoras e pesquisadoras do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, Campus III da Universidade Federal da Paraíba, avaliam suas experiências acadêmicas em termos de visibilidade e valorização de sua produção científica, como também verificar de que maneira elas vivenciaram suas experiências de formação acadêmica e conciliam as suas atividades na universidade com a vida pessoal. Esse debate é fundamental para que se reflita sobre a questão de gênero na academia e como isso tem impactado na presença da mulher na universidade. Para nos iluminar nesse diálogo nos acostamos aos estudos de Rodriguez, Bourdieu, Barreto, Souza e Machado, entre outros. A pesquisa de abordagem qualitativa, utilizou como instrumento de constituição dos dados, o questionário, com perguntas abertas através do Google Forms. Os resultados indicaram que as mulheres participantes da investigação apontam desafios importantes durante a sua formação acadêmica e atuação profissional, especialmente quando se tornaram mães. Há uma relação contraditória em relação ao seu trabalho na universidade que ora é de prazer e satisfação pelas conquistas profissionais, ora é de cansaço e culpa em função da produtividade e intensificação do trabalho acadêmico, em detrimento a questão familiar. A invisibilidade do trabalho acadêmico desenvolvido pelas mulheres é apontada como um importante fator de desigualdade de gênero na universidade e que precisa ser superado.